"Os mortos não falam, pelo menos, não comigo"

É assim que Erica Bain (Jodie Foster) interpreta a sua vida depois do seu namorado (Naveen Andrews) ter sido assassinado e ela ter ficado presa a uma cama quase um mês.

A tragédia moldou-a noutra dissemelhante. Não se reconhece. As mãos não tremem quando mata. Mata, mas não mata. Protege. Vinga-se e vinga. Partilha as histórias das noites da sua adorada cidade, como locutora do programa "Street Walk". É a história de Estranha em mim.

Como é que os nossos episódios pessoais nos moldam? De que modo mexem connosco? De que modo somos outro/a depois?

Foster pode bem não ser sequer nomeada para o oscar, mas o filme é um dos nomeados este ano na minha lista pessoal, pela mensagem, pela atitude, pela coragem.